O Sesc (Serviço Social do Comércio) do Rio de Janeiro pretende implantar um complexo na unidade Grussaí, localizada no São João da Barra, Norte Fluminense. Inaugurado em 1979 pelo Sesc Minas Gerais, o Sesc Grussaí passou a ser administrado pelo Sesc RJ em 2022, após o fechamento em 2020, devido à pandemia da Covid-19. A unidade tem 1,8 milhão de metros quadrados e é uma das maiores do Sesc no país. Os estudos conceituais do projeto já estão em andamento e as visitas técnicas tiveram início no mês de outubro com o objetivo de definir questões relacionadas ao escopo e à curadoria do projeto.
Inspirado pela instituição mineira, a ideia do Sesc Rio é fazer do local um espaço de vanguarda para a arte contemporânea, com exposições permanentes e temporárias compostas por obras assinadas por artistas de projeção nacional e internacional. O projeto não impactará o serviço hoteleiro já estabelecido na unidade, com capacidade atual de mais de 700 pessoas. A intenção é ampliar a capacidade com a demanda esperada pelo projeto, assim como impulsionar também a rede hoteleira e todo o trade turístico do entorno.
O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, é um museu de arte contemporânea e Jardim Botânico, considerado um dos maiores museus a céu aberto do mundo, aberto para o grande público em 2006, localizado entre a Mata Atlântica e o Cerrado – com uma área de 140 hectares de visitação.
Hoje o Inhotim conta com cerca de 700 obras de mais de 60 artistas, de quase 40 países e possui um acervo permanente de arte contemporânea formado por jardins, galerias e obras externas onde a arte e o paisagismo se entremeiam.
Outros projetos brasileiros tem tomado forma nesse sentido, como o Parque Geminiani Momesso, em Ibiporã (PR). Localizado à 25 km de Londrina, o parque – formado por uma área de 1,3 milhão de m² – conta com pavilhões expositivos e um projeto paisagístico que conversa com a fauna e flora local, conquistando espaço como um centro cultural e artístico na região. Na última semana de outubro, o Parque inaugurou a obra monumental “Espaço Arco Íris”, do artista nipo-brasileiro Yutaka Toyota, que faz parte da coleção de Orandi Momesso, no qual se baseia o acervo do Parque.
Iniciativa desta magnitude demonstram como a arte está cada vez mais integrada à vida cotidiana e cada vez mais presentes em espaços alternativos aos cubos brancos de galerias e museus de arte.
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