A economista e gestora cultural já mantem relações estreitas com o MAM desde a elaboração do projeto de uma nova unidade no início dos anos 2000, cuja concretização ainda não foi viabilizada.
Sua colaboração principal à cultura do país se consolidou na diretoria do Teatro Alfa durante 18 anos, de 2002 a 2020 e na participação no Conselho Administrativo da Fundação Bienal de São Paulo de 2005 até o presente, da qual foi presidente entre 2009 e 2012.
Com essa nomeação, Elizabeth Machado se apresenta como um reforço à estrutura educativa já construída pelo museu. A gestora tem este setor como sua prioridade e diz admirar os projetos educativos e a forma como o MAM acolhe jovens artistas.
Além disso, será uma pauta importante a ampliação do acesso ao acervo. Estreitando o relacionamento com outras instituições, a gestão poderá expor os trabalhos em ambientes que expandem os limites do Parque Ibirapuera, onde o museu está localizado. Dessa forma, diferentes partes da cidade passam a ser impactadas pelas cerca de 5 mil obras de arte moderna e contemporânea brasileira pertencente ao MAM.
Antes de Machado, as duas últimas gestões foram de Mariana Guarini Berenguer, de 2019 a 2021 e Milú Vilela, de 1995 a 2019.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo tem 73 anos de história e sua inauguração, em 1948, carimbou a posição do país no mapa da arte moderna por mediar, a partir de então, o intercâmbio com a cena internacional europeia e norte-americana que se desenrolava na época.
Hoje, junto a outros 4 museus, o MAM faz parte da rede cultural atuante no Parque Ibirapuera, o parque mais frequentado da América Latina* tem projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e projeto paisagístico de Roberto Burle Marx.
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Victoria Louise é crítica e produtora cultural, formada em Crítica e Curadoria e Gestão Cultural pela PUC-SP
*Segundo publicação da Folha de São Paulo em 2017
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