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O que vem por aí: um panorama do mundo da arte em 2024 

Publicado por Victoria Louise em 14/02/2024
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  • exposições de arte
  • mundo das artes em 2024
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Depois das famosas “listas de final de ano”, que relembram e comemoram as produções artísticas mais relevantes dos últimos doze meses, chegou a vez de falar sobre as programações de 2024. Quais serão as possíveis tendências do mundo da arte e o que se pode esperar de museus e galerias neste ano? 

Em um país tão amplo e diverso, é difícil elencar quais serão os principais temas escolhidos por artistas e curadores para serem trabalhados ao longo dos próximos meses. No entanto, as agendas anuais já divulgadas por grandes instituições dão algumas pistas do que será discutido e proposto em 2024.

São Paulo, o grande polo

Na cidade de São Paulo, a chamada “capital da cultura”, uma série de eventos deve influenciar o circuito nacional e internacional do mundo da arte.

No complexo da Pinacoteca – formado pela Pina Luz, Pina Contemporânea e Pina Estação -, importantes exposições retrospectivas e panorâmicas serão apresentadas. Em março, “Lygia Clark: Projeto para um planeta”, reunirá obras de 1950 até 1980 de um dos nomes mais icônicos da arte brasileira contemporânea. Ainda no mês de março, “Gervane de Paula: como é bom viver em Mato Grosso” fugirá do eixo Rio-São Paulo para mostrar questões sócio-políticas do Centro Oeste do país. A partir de maio, a chilena Cecilia Vicuña receberá uma exposição individual inédita, completando a tríade de artistas latino-americanas no museu, junto com “Marta Minujín: ao vivo” (2023). 

Relógio do Sol (1960), obra de Lygia Clark/Foto: Divulgação/Pinacoteca

No ano que marca os 60 anos do golpe militar no Brasil, o Memorial da Resistência prepara uma ampla programação sobre as histórias da luta contra a  repressão no país. Embora não tenha divulgado ainda seu calendário completo, o Memorial apresenta a exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” até julho, além de uma série de eventos como palestras e rodas de conversa para refletir sobre o passado e o presente da política brasileira.

Já no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), será realizada a 38ª edição do Panorama da Arte Brasileira, que acontece a cada dois anos. Intitulada “Mil graus”, a mostra procura tratar de questões sociopolíticas, históricas, ecológicas, tecnológicas e espirituais. Segundo os curadores Germano Dushá e Thiago de Paula Souza, essa temperatura absoluta de mil graus “serve como ponto de imaginação para pensar contextos com alta taxa de variação ambiental e situações envolvendo processos de combustão, eletricidade e atrito”. 

Na Avenida Paulista, dando sequência às exposições que acontecem desde 2016 dedicadas às diferentes Histórias, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) terá uma série de atividades voltadas às Histórias da diversidade LGBTQIAP+ ao redor do mundo. As individuais “Catherine Opie: O gênero do retrato” e “Lia D Castro: em todo e nenhum lugar” devem abrir o debate sobre expressões de gênero e sexualidades, que será retomado no início de dezembro com “Histórias da Diversidade”. 

Também será do MASP o protagonismo do segundo semestre que prevê a inauguração do segundo prédio que se conectará com o edifício cartão postal da cidade, projetado por Lina Bo Bardi, por uma galeria subterrânea. Projeto em andamento desde 2019, o edifício Pietro, espaço terá 14 andares com 5 galerias expositivas e 2 galerias multiuso e comportará exposições de longa-duração do acervo.

Serigrafias Queer (Buenos Aires, Argentina, 2007), Liberdade para as sensibilidades (2018)/Foto: Eduardo Ortega/Masp

Os assuntos levantados até aqui estão presentes, também, em outras cidades do Brasil. Na Pinacoteca do Ceará, por exemplo, que foi inaugurada em 2022, o público pode visitar “Leonilson: Montanhas protetoras e ao longe, vulcões, rios, furacões, mares, abismos, e Das amizades”, com obras que tratam de tópicos como consumismo, religiosidade, sexualidade e comportamentos sociais. Já em Salvador, a galeria Galatea inaugura sua nova sede com a exposição coletiva “Cais”, que é direcionada à produção de 60 artistas nordestinos e dialoga com questões como territorialidade, ancestralidade e formação de identidades. 

Em Inhotim, Minas Gerais, é possível visitar “Quarto Ato – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista”, que percorre pela trajetória de Abdias Nascimento como poeta, dramaturgo, ator, escritor, artista e político. Está aberta, também, a recém-aberta Galeria Yayoi Kusama, que homenageia um dos nomes mais influentes da arte contemporânea mundial, conhecida principalmente por suas instalações imersivas. 

Vista da exposição “Quarto ato – O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista”, de Abdias Nascimento, em Inhotim/Foto: Divulgação

No Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), começou, já no mês de janeiro, a itinerância da 35a Bienal de São Paulo. A exposição “Coreografias do impossível” reúne um conjunto de práticas artísticas, movimentos culturais e sociais que lidam com a violência, a impossibilidade da vida em liberdade plena e os limites da ideia de justiça. Já no Museu de Arte do Rio (MAR), a mostra “Brasil Futuro: As formas da democracia” trata da conquista de direitos civis, políticas de reparação, acolhimento e cidadania.

As tendências do Brasil e do Sul Global ressoam alto no cenário internacional. Há uma grande expectativa em relação ao trabalho de Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, na 60ª Bienal de Veneza, a mais tradicional exposição de arte do mundo. Com o título “Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere” (Estrangeiros em Todos os Lugares), a curadoria terá como foco o deslocamento humanitário atual. Explorando questões de marginalização, desterritorialização e violação de direitos territoriais, a mostra destaca problemáticas vividas tanto por povos refugiados, quanto por aqueles que são tratados como “estrangeiros” em suas próprias terras. 

Adriano Pedrosa, atual diretor artístico do Masp, escolhido como curador da Bienal de Arte de Veneza/ Foto: Daniel Cabrel / Masp / Divulgação

Carla Gil é pesquisadora independente e graduada em Arte: História, Crítica e Curadoria pela PUC-SP.
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