A produção de uma monotipia exige que materiais como tinta óleo ou tinta gráfica, por exemplo, sejam aplicados sobre uma superfície (matriz), que entrará em contato com outra superfície, na qual se obtém uma imagem replicada. O material mais utilizado para esse tipo de impressão é o papel.
Existem diversos processos possíveis para produzir uma monotipia, como trabalhar a tinta na matriz antes do contato com o papel, ou desenhar sobre o papel já em contato com a matriz, reforçando os pontos onde a tinta terá maior aderência.
Diferente das outras técnicas de gravura, para produzir uma monotipia não é necessário que essa matriz seja talhada ou sofra qualquer tipo de incisão, como ocorre na xilogravura, por exemplo.
Apesar da técnica consistir em apenas uma impressão – por isso o nome monotipia – a mesma matriz pode ser utilizada mais de uma vez, gerando impressões cada vez mais claras.
A mistura entre tintas durante o processo de impressão caracteriza a monotipia como uma técnica que lida muitas vezes com o imprevisível, como ocorre com a tinta óleo. Neste ponto a monotipia se diferencia das outras técnicas de gravura, nas quais há um controle maior no desenho e no momento de sua transferência.
Galeria Tina Zappoli
A matriz pode ser composta também por objetos e qualquer tipo de elemento que sirva como matriz, dando origem a um novo desenho através do contato com a superfície.
Diogo Barros é curador, arte educador e crítico, formado em História da Arte, Crítica e Curadoria pela PUC SP.
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