De volta ao Pavilhão da Bienal, a 18ª edição da SP-ARTE acontece entre quarta-feira (6) e domingo (10) desta semana. São 100 galerias de arte e 30 estúdios de design, além de editoras, revistas e instituições compondo o evento. Após uma edição em ritmo de retomada na ARCA em 2021, a edição deste ano toma fôlego confiante na estabilidade do mercado, semelhante ao período pré-pandemia.
Como um dos eventos mais relevantes do circuito, a expectativa em sua estreia não é pequena. A programação capta as tendências contemporâneas do mercado de arte, mas também transmite o que pode ser uma direção para o setor no futuro.
Nesta edição, pode-se notar que o destaque são os artistas jovens e emergentes com um novo programa que aumenta o espaço histórico que essas organizações têm em feiras de arte. O Radar SP-Arte, na esteira do olhar para essa produção ascendente, é um setor criado para incentivar a inserção profissional de novos agentes no circuito, apresentando nove artistas sem representação comercial na exposição “Hora grande” de curadoria de Felipe Molitor e cinco espaços autogeridos em exposições comerciais e institucionais.
Por outro lado, grandes nomes consolidados estarão presentes na exposição “Arte natureza: ressignificar para viver” como Ernesto Neto, Luiz Zerbini, Joseph Beuys. Com curadoria de Ana Carolina Ralston a exposição reforça o conceito de ecologia e da mútua colaboração entre os elementos para a manutenção do todo.
Segundo a curadora “o ressignificar daquilo que nos rodeia é chave para a sequência da vida humana como parte do meio. A transformação de matéria, assim como sua compensação em outros elementos, torna o equilíbrio e, consequentemente a nossa permanência na Terra, possíveis. Nada mais efetivo do que colocar tal diálogo em meio a um dos principais parques da América Latina, onde humanidade, arte e ambiente se encontram e coexistem.”
E por último, um grande escopo de livros será lançado como “MACHINA MUNDI” do artista Claudio Edinger (Galeria Lume) ou o livro de artista “Labirintos” do artista Jorge Amaro (Galeria Gravuras no Brasil).
Nos próximos dias, a Artsoul acompanhará essas novidades. Acompanhe!
Victoria Louise é crítica e produtora cultural, formada em Crítica e Curadoria e Gestão Cultural pela PUC-SP.
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