SP-Arte: há 20 anos impulsionando a cena artística brasileira

Neste ano, a maior feira de arte do hemisfério sul completa duas décadas. Com a participação de galerias, estúdios de design, instituições culturais e editoras, a SP-Arte chega à sua 20ª edição celebrando o marco que estabeleceu na cena cultural do país. Entre os dias 3 e 7 de abril, o evento promete movimentar o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, com mais de 190 expositores, além de uma extensa programação de conversas com artistas, lançamentos e audioguias.

Mais do que uma feira que exibe e comercializa obras, a SP-Arte tem se tornado, ano após ano, um catalisador para o crescimento e reconhecimento do mercado de arte no Brasil. Desde a sua fundação, em 2004, funciona como um ponto de encontro da comunidade artística, destacando-se pelo pioneirismo e inventividade. De lá para cá, grandes nomes da produção contemporânea já passaram pelo evento – artistas como Ai Weiwei, Jeff Koons, Lynda Benglis e Olga de Amaral – e muitos dos trabalhos apresentados na feira foram incorporados posteriormente ao acervo de importantes museus e coleções. 

Impulsionando o mercado nacional e internacional, a SP-Arte se estabeleceu como uma plataforma que favorece o intercâmbio entre galerias, artistas, curadores e pesquisadores ao ceder espaço para uma série de programas que engajam diferentes agentes do sistema. O “Laboratório Curatorial”, de Adriano Pedrosa, foi um desses projetos com o intuito de estimular jovens curadores a desenvolverem projetos expositivos.

Para a edição de 2024, estarão concentradas no primeiro e no segundo andar do pavilhão galerias de arte moderna e contemporânea, instituições culturais e espaços autônomos, além da Arena Iguatemi, que recebe os Talks SP–Arte. Entre os destaques internacionais figuram a Continua (Itália, França, China, Brasil e Dubai), Galería de las Misiones (Uruguai), Galería Sur (Uruguai), Gallery Nosco (Bélgica), Herlitzka & Co. (Buenos Aires), La Balsa Arte (Colômbia), Papai Contemporary (Noruega), Piero Atchugarry (Uruguai), RGR Galería (Venezuela), Ricardo Fernandes (França), Salar Galería (Bolívia) e Zielinsky (Barcelona).

No andar térreo, ficarão as editoras e os stands de design, com ênfase para a exposição “Tátil: materiais no design contemporâneo”, curada por Livia Debbané. Composta por 25 peças de diferentes designers, a coletiva enfatiza a investigação de matérias-primas e apresenta uma produção sensorialmente diversa do design ligado ao ambiente doméstico. A Teo, loja e galeria criada pelos irmãos Lis e Teo Vilela Gomes, referência na sustentação da relevância do design modernista das décadas de 1930 a 1970 no Brasil, estará presente com um preview da exposição “Dar forma à Forma”.

Instituições culturais como o MAM, o Instituto Inhotim e o IAC participam da SP–Arte com suas respectivas lojas de objetos de arte e design. Dentre os destaques está a seleção de design contemporâneo do MASP, que apresenta objetos desenvolvidos por designers e artesãos brasileiros, além de itens de sua linha editorial, como catálogos e postais. Curado por Adélia Borges, o conjunto provoca um olhar não hierarquizado ao reunir peças criadas por designers, comunidades de artesãos e povos indígenas, de diferentes materiais e técnicas. Estão reunidos desde os mestres do design, como Sergio Rodrigues, Flávio de Carvalho e Paulo Mendes da Rocha, até obras inéditas em impressão tridimensional do É Pedra Ateliê, feitas de bioplástico. 

Espaços autônomos como o Solar dos Abacaxis, a Casa do Povo e o Pivô também estarão presentes. O projeto Desapê apresentará 20 xilogravuras inéditas de Edgar Calel, artista indígena guatemalteco que participou da 35ª Bienal de São Paulo e foi mencionado nas edições de 2022 e 2023 da lista Power 100 da ArtReview, uma das principais revistas de arte contemporânea internacional. A agenda completa da feira pode ser acessada pelo app SP–Arte (disponível nas versões iOS e Android) e pelo site. 

Serviço

SP–Arte
Data: 3 a 7 de abril
Localização: Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera, portão 3
Horários: 03 abril: convidados; 04–05 abril: das 13h às 20h; 06–07 abril: das 11h às 19h
Ingressos: R$ 80 inteira; R$ 40 meia-entrada