O Santander e a Choque Cultural dão início ao festival Visão Periférica, em 1º de novembro (segunda-feira). A iniciativa inédita, gratuita e ao ar livre levará ao recém-inaugurado painel de LED na agência central do Banco, localizada na confluência das ruas Boa Vista, João Brícola e Ladeira Porto Geral, uma programação audiovisual artística com mais de 60 vídeos, animações, time-lapses e gifs.
Com curadoria e seleção de Baixo Ribeiro, 15 artistas de regiões periféricas do Brasil terão seus trabalhos exibidos pela primeira vez nesse formato, em um telão localizado no Centro histórico de São Paulo, como uma grande galeria de arte a céu aberto. Serão três datas de lançamento (01, 15 e 30 de novembro), com 20 vídeos cada. A exibição será diária, das 05 às 22h.
A mostra Visão Periférica é uma iniciativa pioneira que visa apresentar no espaço público artistas que estão se sobressaindo no contexto das novas mídias visuais. As peças que serão transmitidas exploram linguagens baseadas em produções gráficas digitais e generativas, vídeos-performances, animações analógicas e digitais, e utilizam a grande diversidade de recursos tecnológicos de edição disponíveis na atualidade.
Esta será a segunda programação do painel eletrônico que foi inaugurado em maio deste ano, com exposição de fotos do fotógrafo Tuca Reinés. O telão é composto por 100 módulos de LED, com 9,60m x 9,60m de dimensão e capacidade de reproduzir mais de 200 milhões de cores, com design curvo de 92 m². A estrutura está entre as dez maiores telas outdoors do Brasil.
Segundo o curador Baixo Ribeiro, o processo de curadoria foi abrangente e com o objetivo de promover a inclusão de talentos da arte que estão fora dos grandes centros de difusão cultural: “O Visão Periférica tem a intenção de oferecer ao público que frequenta as ruas do Centro de São Paulo uma experiência surpreendente e inspiradora, num respiro que ilumina a correria do dia a dia na cidade”; conclui.
Ainda durante o processo de curadoria, foram realizadas leituras de portfólio e videoaulas com os artistas, comandadas pelo videomaker e apresentador do programa Manos e Minas (TV Cultura), Rodney Suguita.
A lista completa de artistas conta com André Oliveira Cebola, Beatriz Shiro, Dablio Black, Dario Saquetti, Décio Ramirez, Diego de los Campos, Douglas Rocha, João Angelini, Léo Grau, Moara, Paulo O’Meira, Pink Peter, Sofia Meinberg, Valesca Medici e VJ Suave.
O festival artístico e audiovisual Visão Periférica é apresentado pelo Santander, com produção da Choque Cultural, curadoria de Baixo Ribeiro e organização do Farol Santander São Paulo.
Para obter informações sobre as obras, o visitante deverá apontar seu celular para o painel e efetuar a leitura do QR code, onde aparecerão todos os dados do trabalho e da ação.
As primeiras vinte intervenções, correspondentes a cinco artistas dos quinze selecionados, serão lançadas no início de novembro (01). Nesta primeira bateria de lançamentos, estão nomes da arte de São Paulo e Rio de Janeiro, como Paulo O’Meira; Décio Ramirez; Beatriz Shiro; Douglas Rocha e Dario Saquetti.
Na mostra Visão Periférica, Paulo O’meira apresenta cinco intervenções, entre elas, o vídeo Chão de Atelier, em que registra pinturas em fachadas de casas na periferia paulistana. Além do destaque, o artista exibe os nano vídeos Jardim Santo André; Plataforma Coração; Mini Canvas e Trem na Serra.
Paulo O’Meira tem 36 anos e mora no bairro Cidade Júlia, zona sul de São Paulo. artista visual multimídia, arte-educador, especializado em arte urbana e muralismo, colabora com os coletivos Graffiti com Pipoca e Jardim Mirim Arte Clube, também conhecido como JAMAC.
Décio Ramirez tem 54 anos e mora no Rio Pequeno, também zona sul de São Paulo. Artista visual de formação analógica, desenvolveu um universo próprio de cartoons digitais que aplica em diversas mídias, desde NFTs para ambientes virtuais, até peças de graffiti apresentados no âmbito urbano. Para o festival, preparou gifs animados em loopings: Pole dance; Correndo; B-boy; Caminhando; Gingando Capoeira; eA Noite Baila.
Beatriz Shiro tem 29 anos e mora em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A artista visual desenvolve um trabalho autoral que combina desenho, quadrinhos e animação em gif, para apresentar uma elaborada gráfica na qual o humor, o cotidiano e o surrealismo são elementos essenciais. Em Visão Periférica, Bratriz exibe gifs nos quais estão expressos os diálogos permanentes entre o analógico e o digital: Luz do celular; Catwalk; Olhos; Dancer e Sorrisos.
Douglas Rocha tem 29 anos e é Natural de Diadema (SP). O artista visual, videomaker e colaborador do coletivo Cicloartivo, desenvolve obra autoral na qual mescla a linguagem fílmica, animação e colagens de imagens em movimento. Destaca na mostra Visão Periférica o vídeo que registra um rolê de bike por ruas e avenidas movimentadas da cidade, intitulado Catraca – além das que passam em looping: Candiba; Bloco Cabeça e Há Gosto.
Dario Saquetti é um dos mais experientes artistas que participam de Visão Periférica. Nascido em São Paulo e criado no bairro da Barra Funda, hoje mora e trabalha em Londres, onde desenvolve produções inovadoras e parcerias com grandes marcas.
Com mais de vinte anos de experiência na produção de conteúdo digital, especializou-se na criação de efeitos visuais e motion graphics para diversas mídias, como painéis de leds, campanhas em redes sociais, documentários, clipes, séries de TV e cinema independente.
Na Mostra Visão Periférica, Saquetti apresenta trabalhos digitais em looping: Allien Flowers; Cloth; Dynamic ropes; Glass Spheres e Particle Dust.
Baixo Ribeiro é curador artístico com grande experiência em projetos de arte para o espaço público e, também, em projetos que envolvem novas linguagens e tecnologias digitais.
Fundou a Choque Cultural em 2003 e, desde então, desenvolve programas inovadores e de grande repercussão, como “A Survey of Brazilian Street Art” em Nova Iorque (2006); “Troca de Galerias com Fortes Vilaça” (2007); “Série De Dentro e De Fora” – exposições e eventos em parceria com o MASP (2009 a 2012); “Programa de transformação de escolas públicas em espaços de arte” (desde 2012); “Programa de projeções mapeadas em espaço público” (a partir de 2013); “Programa de exposições em bicicletas” (a partir de 2015); “Programa de transformação de praças em espaços de arte” (a partir de 2016); “Programa Rede Choque de atenção a talentos artísticos que estão fora dos circuitos privilegiados de difusão cultural” (desde 2019).
A Choque Cultural é uma galeria de arte e um espaço de pesquisa sobre a arte do futuro e questões críticas do presente, como a inclusão de novos públicos e de artistas que estão fora dos circuitos privilegiados de difusão cultural.
Há quase duas décadas a Choque vem sendo uma das responsáveis pelo sucesso internacional da arte urbana brasileira, por apresentar ao público brasileiro movimentos artísticos internacionais, como a lobrow art norte americana e os novos movimentos de arte urbana europeus, trazendo artistas como JR, Invader, Shepard Fairey, Tara McPherson e Gary Baseman pela primeira vez ao Brasil.
Atualmente, a Choque está prestando atenção às novas linguagem digitais e à vídeo arte, movimento contemporâneo importante e que tem na internet seu principal espaço de difusão.
Texto elaborado em 27.out.2021 por Imprensa Santander
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