Ainda este ano, colecionadores, investidores e apreciadores terão à disposição uma ferramenta inédita que transformará a arte no Brasil em um ativo mensurável e comparável de forma mais precisa e confiável. Esse mercado entrará em uma nova era com o iArremate Legacy, plataforma pioneira de cotação e análise de obras de arte baseada em dados, inteligência artificial e modelos econométricos avançados em um setor, historicamente, marcado pela subjetividade e pela escassez de dados concretos.
A novidade é fruto de mais de uma década de atuação e experiência acumulada do iArremate, que desde sua fundação tem sido a principal vitrine online de leilões de arte no país. Agora, com o iArremate Legacy, o ecossistema se expande para oferecer índices de valorização, relatórios de tendências, análises comparativas e métricas inéditas para avaliação de artistas e obras, tudo isso a partir de uma robusta base de dados e algoritmos proprietários.
Para ancorar a iniciativa com rigor metodológico e excelência técnica, o projeto conta com o suporte do economista Thierry Chemale, professor da Fundação Getúlio Vargas e uma referência nacional em ativos intangíveis e economia da cultura. Enquanto Vinícius Villela, CEO do iArremate foi responsável pela construção dos modelos estatísticos, Chemale assina a validação científica dos indicadores, conceitos aplicados e desenvolvimento das fórmulas, além de participar ativamente da disseminação de conhecimento através de artigos, entrevistas e eventos especializados.
“O iArremate Legacy não é apenas uma plataforma, é uma tecnologia inédita que tem como propósito impulsionar uma transformação institucional do mercado de arte brasileiro”, afirma Villela, CEO do iArremate. “Estamos falando de criar transparência onde havia opacidade, inteligência onde predominava a intuição, e métricas objetivas para um campo historicamente informal.”
Entre os desdobramentos esperados estão a criação de indicadores oficiais para o mercado de arte nacional, como o “Índice de Valorização de Artistas” e o “Índice de Liquidez de Obras”, além da publicação periódica de relatórios com análises comparativas com ativos do mercado financeiro como ações, imóveis e fundos de investimento.
A movimentação do mercado global da arte aponta para mais um dos propósitos do iArremate Legacy, que é preparar o mercado para a chegada de um novo público. São jovens que dão seus primeiros passos, seja no mercado primário ou secundário, trazendo como repertório de conhecimento sua familiaridade com investimentos de risco mais moderado ou baixo.
Villela, explica que “de acordo com o relatório “The Art Market”, produzido pela Art Basel e pelo banco suíço UBS, vemos mudanças importantes no mercado. Por exemplo, enquanto globalmente a receita tem caído, o volume de vendas cresce, ou seja, as negociações de obras mais acessíveis têm sustentado o setor. Vimos isso muito claramente durante essa última edição da SPArte”.
Um dos diferenciais mais disruptivos do projeto é o uso de inteligência artificial para precificação de obras, previsão de liquidez e identificação de padrões de comportamento de colecionadores. Com isso, o iArremate Legacy torna-se a primeira iniciativa brasileira a aplicar IA de forma estruturada e contínua para análise de mercado no setor cultural.
“A informação imperfeita sempre foi a grande trava do mercado de arte. O Legacy foi criado para ser um antídoto contra isso, reunindo, sistematizando e tornando públicos os dados que o setor precisa para evoluir”, reforça Chemale.
Além do mercado doméstico, o projeto visa alavancar a posição do Brasil no cenário global da arte, contribuindo com dados confiáveis e metodologias replicáveis. A médio prazo, a expectativa é que o iArremate Legacy seja reconhecido como fonte oficial de dados e análises por veículos especializados, investidores internacionais, leiloeiros, galeristas e instituições culturais.
A previsão de lançamento do iArremate Legacy é que esteja disponibilizado para assinantes no segundo semestre deste ano.