Para aproveitar as férias da escola, do trabalho ou os últimos dias do recesso de fim de ano, preparamos uma lista com exposições imperdíveis para aproveitar no início de 2023
A mostra itinerante Amazônia, no Museu do Amanhã – Rio de Janeiro, apresenta 194 fotografias de Sebastião Salgado. As imagens foram capturadas ao longo de 7 anos de experiência em expedições do fotógrafo na Amazônia, com temas relacionados às florestas, rios, montanhas e atividades cotidianas e culturais das comunidades indígenas Awá-Guajá, Zo’é, Suruwahá, Yawanawá, Marubo, Asháninka, Korubo, Yanomami e Macuxi, as imagens impactam pelos ângulos, dimensões e fenômenos naturais em escalas de cinza – marca registrada do artista.
A exposição já passou pelo Museu da Música e Filarmônica de Paris, na França; MAXXI Museu, em Roma – Itália; Museu da ciência, em Londres – Inglaterra; Sesc Pompéia, em São Paulo – Brasil; e fica em cartaz no Museu do Amanhã até dia 29 de janeiro de 2023.
Período: 19 jul 2022 – 29 jan 2023.
Curadoria: Lélia Wanick Salgado
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h.
Valores: R$30 e R$15 reais (meia entrada), entrada gratuita às terças-feiras. Ingresso online.
Entre as inúmeras exposições simultâneas que acontecem na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a mostra “Pelas ruas: vida moderna e experiências urbanas na arte dos Estados Unidos. 1893-1976”, expõe 150 obras, de 78 artistas, entre eles, artistas reconhecidos na arte norte americana, como, Andy Warhol, Edward Hopper, Charles White, Emma Amos, George Nelson Preston, Jacob Lawrence, Vivian Browne, entre outros. Com obras que datam entre 1893 e 1976, a mostra dividida em 7 núcleos apresenta a produção artística norte-americana moderna e suas transformações atreladas aos ritmos e dinâmicas sociais da vida nos grandes centros urbanos.
Das 150 obras, 80 são empréstimos de 16 instituições culturais relevantes, como: Whitney Museum of American Art, Nova York (EUA); Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles (EUA), o Museum of Contemporary Art Chicago, Chicago (EUA); International Center of Photography, Nova York (EUA); Terra Foundation for American Art, (colaboradora organizacional da mostra), entre outros.
Quem visitar a exposição no Edifício Pina Luz pode aproveitar para ver o acervo fixo e outras exposições temporárias, como: Dalton Paula – Rota do algodão, (08 out 2022 – 30 jan 2023) e Lenora de Barros – minha língua (08 out 02 – 09 abril 2023).
Período: 27 ago 2022 – 30 jan 2023.
Curadoria: Valéria Piccoli, Fernanda Pitta e Taylor L. Poulin.
Horário: segunda, quarta, sexta, sábado e domingo, das 10h às 18h; quintas estendidas das 10h às 20h.
Valores: R$20 e R$10 reais (meia entrada), entrada gratuita aos sábados e quintas gratuitas a partir das 18h. Ingressos online.
O CCBB BH (Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte) apresenta a exposição A Forma não Cumpre a Função, em que apresenta esculturas em madeira do artista belo-horizontino Francisco Nuk. O mobiliário perde as formas convencionais, ganhando curvas sinuosas e, consequentemente, perdendo as funções habituais. As esculturas exibem certo grau surrealista, desafiando a utilidade dos objetos, além de propor reflexões sobre a normalidade.
Período: 14 dez 2022 – 13 fev 2023
Horário: de quarta a segunda, das 10h às 22h.
Valores: entrada gratuita todos os dias. Ingresso online
Atos de revolta: outros imaginários sobre independência, no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM Rio), celebra o bicentenário de independência do Brasil, focando em levantes, motins e insurreições nas décadas anteriores e subsequentes do evento de 1822. A mostra tem o objetivo de abordar a diversidade dos imaginários do país na produção artística, além de trazer referência à Guerra Guaranítica (1753-56), à Inconfidência Mineira (1789), a Revolução Pernambucana (1817), à Independência da Bahia (1822), à Cabanagem (1835-40), à Revolução Farroupilha (1835-45), à Revolta de Vassouras (1839) e à Balaiada (1838-41), entre outras.
A exposição apresenta o diálogo entre obras contemporâneas e uma seleção de objetos e fragmentos dos séculos XVIII e XIX, pertencentes ao acervo do Museu da Inconfidência, do Museu Histórico Nacional e do Convento Santo Antônio, todos no Rio de Janeiro.
Período: 17 set 2022 – 26 fev 2023
Curadoria: Beatriz Lemos, Keyna Eleison, Pablo Lafuente e Thiago de Paula Souza.
Horário: de quinta a sábado, das 10h às 18h, e domingo das 11h às 18h. O MAM Rio possui um horário exclusivo para visitação de pessoas com deficiência intelectual, pessoas autistas ou com algum tipo de hipersensibilidade a estímulos visuais ou sonoros. Todos os domingos, das 10h às 11h, incluindo feriados.
Valores: entrada gratuita com contribuição voluntária. Ingressos online
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói abriga a mostra Un lento venir viniendo – Capítulo I, com 57 obras de artistas contemporâneos argentinos. Os trabalhos expostos fazem parte da Coléccion Oxenfor, coleção de arte contemporânea do empresário argentino Alec Oxenfor. A mostra organizada pela editora Act, faz parte da primeira fase de um projeto de exposição itinerante que acontecerá em 2023. As próximas exposições serão realizadas no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e contará com uma seleção diferente da Coléccion Oxenfor, criando diálogo com contexto cultural local.
Período: 19 nov 2022 – 26 fev 23
Curadoria: Mariano Mayer
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h.
Valores: R$12 e R$15 (meia entrada), entrada gratuita às quartas-feiras.
A exposição Judith Lauand: Desvio Concreto, expõe 128 obras e dezenas de documentos do arquivo pessoal da artista, apresentando cerca de seis décadas de sua produção, desde desenhos e estudos em cadernos a pinturas figurativas e geométricas abstratas. Judith Lauand foi a única mulher a participar do grupo ruptura, o qual fez parte do movimento de arte concreta no Brasil. Ela faleceu dia 09 de dezembro de 2022, dias após a abertura de sua retrospectiva no MASP, no dia 25 de novembro de 2022.
Período: 25 nov 2022 – 02 abr 2023.
Curadoria: Adriano Pedrosa, Fernando Oliva e Matheus de Andrade.
Horário: de terça à domingo, das 10 às 20h.
Valores: R$50 e R$25 (meia entrada), entrada gratuita às terças-feiras e na primeira quinta-feira de cada mês. Ingresso online
A exposição Xingu: Contatos, no IMS Paulista, (Instituto Moreira Salles) apresenta a história e produção artística de Xingu, primeiro território indígena demarcado no Brasil, em 1961, onde abriga casas de populações tradicionais. A mostra propõe uma revisão da história de imagens registradas por viajantes europeus, documentos de expedições do Estado brasileiro, da imprensa nacional, e estabelece diálogos com fotografias e filmes de não indígenas desde o século XIX, com produções contemporânea de cineastas, artistas e comunicadores de povos do Xingu e de outras origens.
Entre as obras expostas, trabalhos comissionados a autores indígenas, itens de arquivos públicos e particulares, além de grafismos e narrativas orais da cultura xinguana. O IMS pretende que a exposição seja um marco inicial na requalificação das imagens de seu acervo, que guarda parte da história do Xingu, com a colaboração de pesquisadores e líderes indígenas.
Período: 05 nov 2022 – 09 abr 2023
Curadoria: Guilherme Freitas e Takumã Kuikuro
Horário: de terça a domingo, das 10h às 20h.
Valores: entrada gratuita todos os dias. Ingressos: não há necessidade de reserva.
A exposição Afinidades II – Elas!, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba – Paraná, faz parte do projeto “Afinidades”, que teve início em 2021. Nesta edição, 10 artistas mulheres de diferentes regiões do Brasil foram convidadas para uma imersão no acervo do museu, e criar novas produções e narrativas a partir de inspirações da obra de outros artistas presentes no acervo. Com isso, as artistas desempenham também um papel de curadoras, dialogando com a história da arte, com obras entre final do século XIX até produções contemporâneas.
“O olhar feminino das artistas convidadas conferiu à exposição uma grande diversidade de obras, passando por épocas e temáticas distintas, que certamente irá instigar e sensibilizar o espectador”, comentou Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON e idealizadora do projeto. Com cerca de 130 obras, a mostra conta com a participação das artistas: Carina Weidle, Débora Santiago, Juliana Notari, Juliana Stein, Laura Vinci, Leila Pugnaloni, Maria Macêdo, Mariana Palma, Regina Silveira e Vilma Slomp.
Período: 27 out 2022 – 07 maio 2023
Curadoria: Marc Pottier
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h.
Valores: R$30 e R$15 (meia entrada).
O Instituto Inhotim, é o maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo, e abriga atualmente a exposição temporária Quilombo: vida, problemas e aspirações do negro, na Galeria Lago. A mostra faz parte de um programa em parceria com o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros), com exposições entre 2021-2023, que abordam o legado de Abdias Nascimento (fundador do Ipeafro), em diálogo com aquisições recentes na coleção de Inhotim.
O título da exposição é emprestado do nome do jornal editado pelo Teatro Experimental do Negro, dirigido por Abdias Nascimento e publicado entre 1948 e 1950. A mostra é dividida em cinco núcleos com questões de representações e identidades de pessoas negras. Apresenta cerca de 30 artistas e coletivos, entre eles: Aline Motta, Antônio Obá, Elian Almeida, Erica Malunguinho, Eustáquio Neves, Mulambö, No Martins, Panmela Castro, Rafael Bqueer, Ros4 Luz, Rosana Paulino, Sidney Amaral, entre outros nomes em destaque no cenário nacional e internacional.
A exposição inaugurada em novembro protagonizou polêmica do cenário nacional, pelo pedido do artista Maxwell Alexandre para retirar sua obra. O artista afirmou se constranger ao receber o comunicado de sua inserção na exposição e reivindicou a remoção de sua obra Sem Título, da série “Novo Poder”, por repudiar o tema da mostra, “o que temos é mais uma vez o negro sendo tratado antropologicamente por uma instituição branca com agentes brancos tomando decisões” (trecho do texto publicado por Maxwell Alexandre em seu Instagram). A polêmica veio a público com o desabafo do artista em suas redes sociais e, após negociações, a instituição retirou a obra e publicou uma nota de esclarecimento.
Período: 19 nov 2022 – 16 jul 2023.
Curadoria: Instituto Inhotim
Horário: durante o mês de janeiro o Instituto Inhotim funcionará de terça a domingo, das 09h30 às 16h30.
Valores: R$50 e R$25 (meia entrada). Entrada gratuita na última sexta-feira de cada mês, exceto feriados, mediante retirada prévia do ingresso pelo Sympla. Ingresso online
Daniken Domene é técnico em audiovisual e graduando em Arte: História, Crítica e Curadoria pela PUC-SP.
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1 Comment
Ótimas dicas. Obrigada.