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Cor, forma e movimento: novos artistas renovam catálogo da Artsoul com obras expressivas

Publicado por Victoria Louise em 22/01/2025
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Em colaboração com a consultora de arte Cristina Tolovi, a Artsoul passa a expor e vender obras de Estela Sokol, Mauricio Parra, Cristian Cravo e Mario Cravo Neto

Para abrir o ano de 2025, a Artsoul convidou a consultora de arte Cristina Tolovi para uma  colaboração. Em diálogo com a proposta da plataforma de aproximar o público com artistas e designers das mais diversas áreas de pesquisa, Tolovi reuniu uma lista com 10 criadores que atuam nas áreas de artes visuais e design, muitas vezes entrelaçando essas categorias em produções interseccionais. Com 15 anos de atuação no mercado de arte e design, e formação transversal em áreas como design industrial, moda e marketing, a consultora reflete sua experiência em uma seleção plural e panorâmica. 

Os 10 nomes que passam a integrar a plataforma serão apresentados em três blocos diferentes, pensados a partir de pontos de interesse e formulação de seus trabalhos, sendo este o primeiro bloco, focado em artistas imersos em linguagens mais tradicionais das artes visuais e com trajetórias expressivas no mercado.

Christian Cravo. Flamingos I, 2016

Visando a diversidade do primeiro grupo, Tolovi explorou produções que dominam e reinventam o fazer artístico em meios como a escultura, a pintura e a fotografia. Destaca-se também as características no que se refere à trajetória de cada artista, com caminhos particulares e carreiras estabelecidas em campos diversos. 

“São artistas que acompanho a trajetória há anos, e muitos já são reconhecidos no sistema de arte, porém acredito que poderão ter um alcance ainda maior, com novos públicos, em plataformas digitais”, reforça Tolovi. 

Estela Sokol

As discussões em torno da cor possuem fonte inesgotável no campo da arte, sendo este um de seus elementos constituintes, que protagoniza novas relações com o mundo a todo tempo. A cor é central na pesquisa da artista Estela Sokol, que investiga os desdobramentos do pictórico na tridimensionalidade da escultura e na tradição da pintura. 

Para Cristina Tolovi, a artista pensa a contribuição da artista na expansão das linguagens em que trabalha: “A contribuição das mulheres no campo da escultura se dá, para além do campo matérico e formal, também no campo intelectual, metafísico e sensível, com significados sutis. A Estela, por exemplo, trabalha a questão da forma e da cor, rompendo as barreiras escultóricas. A cor que reflete na parede derrama, escorre de um limite específico dado à obra em si, transbordando seu suporte ”.

Estela Sokol. bye bye brazil, 2023.

Na produção de Sokol, o ambiente é elemento fundamental para a formalização de um trabalho – ele faz parte da obra. Através da escolha de tonalidades com vibrações específicas, a artista explora o reflexo de cores em superfícies diversas, promovendo assim a expansão do objeto no espaço. Considerando o efeito de diferentes escalas cromáticas na escultura, pintura e no espaço, Sokol elabora novos tipos de percepção e interação entre espectadores e objetos, com atenção especial aos aspectos sensoriais. 

Estela Sokol. brise-soleil, 2023

Mauricio Parra

A pintura de paisagem revela a relação estabelecida entre um artista e determinado fragmento do mundo, seja em contexto urbano ou rural. Um dos estilos mais tradicionais da arte, a pintura de paisagem aciona lugares de memórias compartilhadas ou individuais acerca de lugares familiares. Um conjunto arbóreo em um campo aberto é capaz de nos lembrar de cenas mais remotas, o que demonstra certa universalidade dessa temática, apesar de cada paisagem ser única. 

Maurício Parra. Mantiqueira (Vista da pedreira), 2014

Para Mauricio Parra, o ato de pintar cenas naturais passa por exercício de retorno e reencontro com a paisagem. O artista desenvolve, por exemplo, séries em que pinta a mesma árvore em diferentes estações, horários e luminosidades, ou a mesma região em distintos pontos de vista. 

Em suas obras agora disponíveis na Artsoul, o artista apresenta uma relação mais aproximada com a Serra da Mantiqueira, formação montanhosa que se estende por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Pintadas em pequeno formato, as obras acentuam a sinuosidade das montanhas com a demarcação de pinceladas evidentes e uma paleta contrastante. 

Maurício Parra. Mantiqueira, 2019

O processo de Parra também envolve o estudo e prática de técnicas variadas, como a preparação das madeiras com Bolo Armênio, uma técnica antigamente utilizada na arte sacra, como lembra Cristina Tolovi: 

“Acho fascinante que o Mauricio utilize essa técnica tão antiga de preparação da tela, o ‘Bolo Armênio’, que remonta da Idade Média e do Renascimento, mas também  difundindo-a entre outros artistas contemporâneos. A pintura dele tem a ver com o tempo e suas camadas”. 

Christian Cravo

Aos fotógrafos que acessam diferentes regiões para captar o extraordinário, a natureza por vezes apresenta uma harmonia imprevisível, incontrolável. Confrontando uma organização natural e menos afetada pelas dinâmicas dos grandes centros urbanos, esses profissionais demonstram nas imagens que toda uma vida cabe em um instante. 

Christian Cravo. Grande Migração, 2012

Nascido em uma família de artistas de Salvador, na Bahia, Christian Cravo seguiu os passos de seu pai, Mario Cravo Neto, na fotografia. Christian passou sua adolescência na Dinamarca, país natal de sua mãe, e retornou ao Brasil aos dezessete anos, momento em que decidiu aprofundar sua relação com a região Nordeste do país. 

A partir das fotografias expostas na Artsoul, é possível constatar um trabalho vigorosamente voltado ao desenvolvimento de imagens através do contato com a vida natural. Produzidas a partir de uma vivência no continente africano, as imagens materializam momentos de ação coletiva ou repouso de animais como leões, búfalos e flamingos, em enquadramentos grandiosos. O desenho dançante das dunas formado pelos ventos e a iluminação solar também é tema da fotografia de Christian, que produz assim uma coleção testemunha da exuberância natural capturada em momentos ora singelos, ora espetaculares. 

Christian Cravo. Duna VII, 2012

Instituto Mario Cravo Neto

Criado em 2016 com o intuito de preservar e difundir o legado de Mario Cravo Neto (1947-2009), o Instituto homônimo criado por Christian Cravo, seu filho, compreende a conservação de uma carreira de 47 anos. 

Mario Cravo Neto iniciou sua carreira no campo da escultura, também como seu pai, o escultor Mario Cravo Jr. (1923-2018), alcançando reconhecimento ainda jovem, quando ganhou o Prêmio de Escultura na I Bienal Nacional de Artes Plásticas, na Bahia, em 1966, quando tinha 19 anos. Já a fotografia o trouxe reconhecimento internacional ao realizar exposições em diversos países, e tendo sua produção desdobrada em ao menos 14 publicações, também lançadas mundo afora. 

Instituto Mario Cravo Neto. Saveiro, 1998

Dentro de uma imensa produção, o conjunto de fotografias trazido à Artsoul demonstra o interesse de Cravo Neto na natureza humana. Dedicado a registrar a realidade e subjetividade dos locais em que viveu, como Salvador, na Bahia, o fotógrafo registrou desde o trabalho dos pescadores a momentos de descontração e lazer, como na dança, realçando a potência estética de momentos corriqueiros, todavia imprescindíveis. 

Instituto Mario Cravo Neto. Odé, 1989

Ao aproximar as produções de Christian Cravo e Mario Cravo Neto, Cristina Tolovi reforça encontros e especificidades entre as produções: “Ambos têm em comum a relação com a Bahia e suas raízes culturais, mas suas abordagens e temáticas diferem bastante, refletindo suas visões únicas sobre o mundo. Tanto Christian quanto Mario são reconhecidos pelo uso expressivo da fotografia em preto e branco, que dão um tom atemporal e intenso em suas obras, e destacam o contraste, a textura e a emoção de suas imagens”. 

Cada uma das poéticas desenvolvidas por esses quatro artistas representam, de certa forma, o vigor colocado no aprofundamento de uma linguagem, criando um universo particular. Técnicas tradicionais ensinam o primor de um conhecimento passado de geração a geração, ao mesmo tempo em que servem de inspiração para novas leituras e formas de execução – são revisitadas com o tempo. Seja na pintura, escultura ou fotografia, cada obra aponta para uma universalidade criativa e a possibilidade de reencontro com elementos inerentes à vida, como a cor, a forma e o movimento. 


Leia os outros textos da série com entrevista da curadora Cristina Tolovi

Habitar a casa e o corpo: o exercício criativo no design autoral
Matéria em transformação: o encontro entre a arte e o design autoral
Diogo Barros é curador, arte educador e crítico, formado em História da Arte, Crítica e Curadoria pela PUC SP

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