Com o objetivo de despertar a formação cultural de crianças e jovens, a Escola Lourenço Castanho criou a “Galeria Arte na Lourenço”, um local permanente para que alunos, familiares e colaboradores visitem mostras de arte itinerantes. Inaugurado no dia 21 de março, o espaço da rede privada de ensino básico de São Paulo recebe a exposição “Japão: do antigo ao contemporâneo”, curada pela galeria Ricardo Von Bruscky.
A iniciativa faz parte de um projeto pedagógico que, sem adotar uma política de visitação a museus e centros culturais públicos, pretende incentivar a fruição artística dentro de seu próprio ambiente. De acordo com Alexandre Sayad, consultor de cultura, arte e criatividade da Escola Lourenço Castanho, o contato com a arte, ainda durante a infância e a adolescência, é essencial para o desenvolvimento pessoal: “A arte traz história, estética e uma série de conceitos que servem de base para a criatividade. Ela não é uma disciplina para o currículo, mas a construção de um novo olhar para entender a vida”.
Para esta primeira mostra, foram selecionadas obras de técnicas e períodos distintos, que exploram diferentes aspectos da cultura japonesa. Inspirada na proximidade que os jovens das chamadas gerações Z e Alfa têm com as produções do Japão, a Galeria Ricardo Von Bruscky escolheu peças que incluem desde armaduras de samurais, até pinturas de artistas nipo-brasileiros como Tomie Ohtake, Manabu Mabe e Flávio Shiró. Como explica Sayad, São Paulo já respira essa cultura e os alunos têm contato com ela por meio dos games, animês, mangás e gastronomia. Pelas histórias de samurai, o Japão também desperta interesse como cultura pop, mas o grande objetivo da exposição é registrar a ancestralidade da presença japonesa no Brasil”.
Por enquanto, o local é restrito à comunidade da Escola Lourenço Castanho, mas a instituição estuda ampliar o acesso para escolas do interior e litoral, escolas públicas e associação de moradores da região. Até lá, os educadores da unidade terão agendas abertas para explorar o pioneirismo do projeto, trabalhando no espaço expositivo e envolvendo os estudantes na produção de pesquisas e tarefas, enriquecendo suas formações.
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