Em sua décima quarta edição, o Prêmio Pipa segue reafirmando sua proposta democrática e descentralizada. Através de dois turnos de votação online e aberta, o artista André Mendes e o coletivo Retratistas do Morro foram os contemplados com o prêmio de 5 mil reais.
Entre os 70 artistas indicados, Alice Lara, André Mendes, Bárbara Macedo, Bruna Alcantara, Daiara Tukano, Danielle Noronha, Edgar Kanaykõ Xakriabá, Érica Storer, Marcelo Camara e Retratistas do Morro conquistaram a marca de 500 votos, garantindo assim sua passagem para a segunda fase que revelou, em seguida, os dois artistas mais votados pelo público.
O coletivo mineiro Retratista do Morro levou o primeiro lugar. Desde 2015, eles têm se dedicado a preservar o patrimônio cultural do Brasil e a enriquecer a compreensão da história das imagens no país. Focado em resgatar a narrativa visual de retratistas tradicionais que documentaram as vivências nas comunidades e favelas brasileiras, o coletivo realiza um trabalho minucioso de mapeamento, identificação, catalogação e restauração de acervos fotográficos. Concentrando-se nos acervos de João Mendes e Afonso Pimenta, o coletivo Retratistas do Morro é uma iniciativa liderada pelo artista Guilherme Cunha e composta por membros como a produtora cultural Kelly Cristina, os fotógrafos João Mendes e Afonso Pimenta, e Dona Ana Martins.
Em segundo lugar, encontra-se André Mendes, um dos artistas presentes no marketplace da Artsoul. O artista nasceu em Curitiba em 1979 e reside e trabalha na mesma cidade. É um artista multifacetado cuja pesquisa e produção abarcam o universo do desenho, pintura, escultura, instalações e intervenções espaciais. Além de ser um mestre na criação de murais, Mendes também se destaca como educador de arte, atuando no setor educativo de algumas de suas exposições.
André Mendes é expoente na produção contemporânea revelando a materialidade da cor, bem como sua organicidade, não se restringe a nenhum espaço, permitindo que suas obras ocupem a arquitetura. Com este resultado, o Prêmio PIPA Online, por mais um ano, realça a importância da mobilização do público no reconhecimento da cena artística brasileira e na divulgação das produções contemporâneas.
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