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MASP amplia espaços expositivos e atualiza sua infraestrutura com inauguração de novo prédio

Publicado por Victoria Louise em 01/12/2024
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Uma estrutura provisória e o som de obras em andamento pavimentam o caminho de pedestres que atravessam a calçada à frente do MASP atualmente – cenário que se estenderá até o início do ano que vem. Trata-se da obra de abertura da passagem subterrânea que ligará o icônico edifício do museu ao seu novo prédio localizado à direita, na esquina ao lado. Com a finalização das obras de reestruturação do prédio e adaptação para tornar-se espaço museológico, o novo espaço da instituição tem previsão para iniciar atividades abertas ao público em março de 2025. 

Fachada do Edifício Pietro Maria Bardi. Foto: Leonardo Finotti 

Nomeado “Edifício Pietro Maria Bardi” em homenagem ao primeiro diretor artístico do museu, o novo espaço decorre da adaptação de um prédio construído nos anos 1940 com finalidade residencial. Após cinco anos de reforma e um trabalho massivo de adaptação para atender as necessidades da instituição, o MASP anuncia os detalhes da sua proposta de ampliação espacial, que influenciará fortemente na programação e recebimento de público. 

A inauguração do ambicioso projeto ocorre na comemoração dos 10 anos da atual gestão do MASP, que iniciou seus trabalhos com uma reestruturação financeira, acertando contas antigas. Na coletiva de imprensa realizada no dia 26 de novembro, na ocasião de entrega das obras, os gestores do MASP afirmaram ter como inspiração um modelo norte-americano de gestão de museus. Com orgulho, compartilharam o fato do projeto de construção do edifício novo – que custou R$250 milhões – ter sido financiado exclusivamente com doações de pessoas físicas. 

A gestão do MASP revela também que seu orçamento atual por ano é de R$80 milhões, dos quais metade provém de captação via lei Rouanet. Com a expansão, o museu precisará levantar anualmente o montante de R$100 milhões, e compartilha o desejo de depender cada vez menos das leis de incentivo. 

Vista do edifício de Lina Bo Bardi a partir da varanda do edifício Pietro Maria Bardi. Foto: Diogo Barros

Paisagem ampliada

Ao lado do icônico edifício de colunas vermelhas projetado por Lina Bo Bardi, arquiteta modernista ítalo-brasileira, apresenta-se um novo monolito preto, compondo uma paisagem em transformação na Avenida Paulista. Ligados por um túnel, os prédios configuram um único museu, segundo a visão institucional do MASP, apesar de cada edifício acomodar propostas diferentes. De acordo com o escritório de arquitetura, o projeto pensou “um prédio que não compete com o desenhado por Lina, mas que complemente-o”. Com a nomeação do novo prédio de Pietro, o histórico prédio de colunas vermelhas e vão livre ganhou oficialmente o título de “Lina Bo Bardi”. Uma curiosidade compartilhada pelos arquitetos da METRO Arquitetos Associados, responsáveis pelo projeto arquitetônico, é de que a altura do novo prédio corresponde ao comprimento da estrutura projetada por Lina Bo Bardi. 

Com 14 andares e 7.821 m², o Edifício Pietro Maria Bardi ampliará em 66% as áreas dedicadas às exposições, em uma formulação de museu vertical, com diversos tipos de espaços distribuídos nos andares. Sua fachada é destaque no discurso dos gestores quando trata-se de sustentabilidade, já que os painéis que recobrem toda a estrutura, reduzem a incidência de luz natural e o uso de energia. Com pequenas perfurações nas chapas metálicas, os visitantes conseguem ter uma vista parcial da rua, e as obras expostas ainda terão sua preservação assegurada. 

Diagrama, Edifício Pietro Maria Bardi. Imagem: divulgação. 

Ao adentrar o novo edifício, os visitantes encontrarão um novo restaurante do MASP no nível da rua. Já no primeiro subsolo, estará instalada a bilheteria e a lojinha do museu. Com uma ampla abertura, os espaços dispõe de uma boa visibilidade e integração entre si e com a rua. Os demais espaços do edifício serão destinados a salas para ações educativas, espaços de exposições temporárias, laboratório de conservação de obras, espaços multiuso e áreas técnicas. 

Entrada, Edifício Pietro Maria Bardi. Foto: Leonardo Finotti 

O foco do novo prédio será, a partir de 2026, as exposições temporárias que contarão com obras emprestadas de instituições e coleções internacionais. O MASP revelou que o tradicional prédio de Lina Bo Bardi possui limitações quanto aos padrões internacionais rígidos de segurança e conservação de obras, o que complicava a negociação de empréstimo de determinadas obras. Modulado para corresponder aos padrões internacionais, o novo edifício terá a finalidade de receber programações que centralizam obras que provêm de grandes coleções mundo afora. 

Quanto ao prédio de Lina Bo Bardi, será destinado a exposições de longa duração do acervo museológico do MASP, que passará a ocupar mais espaços. O acervo será destaque em 2025, ocupando toda a programação do edificio Pietro enquanto as exposições internacionais são preparadas para serem inauguradas no ano seguinte. 

Sala Pietro, 9º andar, Edifício Pietro Maria Bardi. Foto: Leonardo Finotti 

A média de visitação do MASP é de 600 mil pessoas anualmente, tendo capacidade de receber 1 milhão – com sua expansão, terá capacidade total de 2 milhões de visitantes por ano. A gestão não espera atingir esse número imediatamente, mas vê a possibilidade de ampliar seu público gradativamente, incluindo seu programa de visitação gratuita, que em 2024 chegou a 88 dias. Com uma nova programação integrada entre os dois espaços, a instituição afirma que com um ingresso comprado ou retirado gratuitamente, o visitante terá acesso a toda a programação expositiva disponível no dia. 

Celebrando uma década de gestão que se esforçou em estabilizar o núcleo financeiro da instituição, e renovou a programação com os ciclos anuais históricos, este projeto do MASP anuncia um futuro em expansão. Trata-se de um momento que compreende o crescimento da demanda de públicos por espaços de arte, e buscam inflar a programação cultural com exposições de grandes artistas internacionais. 

Diogo Barros é curador, arte educador e crítico, formado em História da Arte, Crítica e Curadoria pela PUC SP.
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