A Fundação Bienal divulgou, nesta quarta-feira (13), a nova presidente da Fundação, Andrea Pinheiro, que sucede José Olympio Pereira no cargo. A banqueira e executiva assumirá o comando da instituição com o objetivo de ampliar seu programa educativo e selecionar o curador da próxima edição. A posse está marcada para o dia 2 de janeiro de 2024.
Pinheiro foi eleita pelo Conselho de Administração da Fundação na última terça-feira (12), com mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição. Junto a ela, foram indicados, ainda, alguns nomes que renovam parcialmente a diretoria da Bienal. A partir do próximo ano, Maguy Etlin, que já integrava o Conselho, se tornará a primeira vice-presidente da Fundação; Roberto Otero e Solange Sobral passam a compor o colegiado; e Ana Paula Martinez, Francisco Pinheiro Guimarães, Luiz Lara e Rita Drummond permanecem na instituição.
Antes de ser nomeada para a presidência, Andrea Pinheiro atuou como segunda vice-presidente nas duas últimas gestões da Diretoria Executiva, de 2019 a 2023. Nessa posição, sua principal atribuição era a captação de recursos, e seu empenho rendeu frutos: segundo comunicado da Bienal, de dezembro de 2018 a dezembro de 2023, a Fundação conquistou 25 novos patrocinadores, além de 13 apoiadores internacionais e 16 parceiros.
Apesar de frequentar museus e exposições, a nova presidente afirma ter uma relação menos próxima com a arte, em relação a seu antecessor. Ao contrário de José Olympio, um dos maiores colecionadores do país, Andrea não é uma investidora de obras de arte. Com mais de trinta anos de experiência no mercado financeiro e cargos de alta gerência e liderança de equipes, sua atuação sempre esteve mais ligada ao setor bancário.
Agora, como presidente, seu principal foco será escolher quem vai assumir a curadoria da 36ª Bienal de São Paulo, que acontecerá em 2025. Embora esta seja uma atribuição da presidência, Pinheiro quer que a seleção seja feita coletivamente, através de um comitê colegiado, cujos integrantes ainda não foram divulgados. Além disso, a executiva pretende aumentar o alcance da mostra e torná-la acessível a um público cada vez mais diversificado. Para isto, ela quer intensificar o trabalho do setor educativo da exposição, para garantir que a experiência de visitar a Bienal seja marcante e envolvente para todos.
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