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Fundação Bienal revela lista de participantes da 35ª Bienal de São Paulo

Publicado por Victoria Louise em 30/06/2023
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Sob o tema Coreografias do Impossível, a próxima edição da Bienal de São Paulo apresenta lista diversificada e promissora

A Fundação Bienal de São Paulo divulgou ontem (29) a tão aguardada lista de participantes da 35ª Bienal de São Paulo – “Coreografias do Impossível”, curada por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, com um projeto espacial e expográfico desenvolvido pelo renomado escritório de arquitetura Vão. A lista completa de 120 nomes representa uma seleção diversificada e promissora de artistas que se destacam no cenário da arte contemporânea; confira no final desta matéria.

 
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Os destaques da lista de artistas a compor o elenco da 35ª Bienal de São Paulo

Entre os participantes, destacam-se Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami, que trazem uma perspectiva única e representam a rica cultura dos povos Yanomami. Suas obras refletem a conexão profunda com a natureza e a resistência às adversidades enfrentadas por sua comunidade.

Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami, Thuë Pihi Kuuwi – Uma mulher pensando, 2022. Still de filme. Cortesia dos artistas. Reprodução: Fundação Bienal de São Paulo

Arthur Bispo do Rosário, artista brasileiro reconhecido mundialmente, também faz parte da seleção. Sua obra, caracterizada por uma abordagem singular, mescla elementos da arte popular, da religiosidade e da experiência pessoal, criando um universo artístico rico em simbolismo e reflexões sobre a condição humana.

Registro das obras de Arthur Bispo do Rosário durante a 30ª Bienal de São Paulo © Leo Eloy / Fundação Bienal de São Paulo

Outro destaque é o Archivo de la Memoria Trans (AMT), um importante coletivo argentino de artistas que tem como objetivo preservar a memória da comunidade trans. Por meio de diferentes linguagens artísticas, eles exploram questões de identidade, gênero e resistência, promovendo uma visibilidade necessária e combatendo a invisibilidade histórica.

Archivo de la Memoria Trans [Arquivo da Memória Trans]. Fondo Documental [Fundo Documental] Vanesa Sander, c. 1990. Imagem: Bienal de São Paulo.

A parceria entre o artista visual Ayrson Heráclito e o músico Tiganá Santana promete trazer uma experiência sensorial única para a Bienal. Combinando elementos da arte visual e da música, sua colaboração busca explorar a diáspora africana e as conexões entre cultura, ancestralidade e contemporaneidade.

Ayrson Heráclito e Tiganá Santana © Leo Monteiro / Fundação Bienal de São Paulo

Cozinha Ocupação 9 de Julho é um coletivo que utiliza a comida como meio de expressão artística e política e marcará presença na mostra. Por meio de suas intervenções culinárias, eles discutem questões de território, resistência e justiça social, trazendo à tona a importância da alimentação como elemento cultural e social.

Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC. Foto: Edouard Fraipont

Denilson Baniwa, artista indígena brasileiro, traz uma perspectiva fundamental sobre as questões que afetam as comunidades indígenas. Sua obra aborda temas como a preservação do meio ambiente, os direitos indígenas e a valorização da cultura ancestral, sendo um importante representante da arte contemporânea indígena.

Denilson Baniwa, Pajé-Onça Hackeando a 33ª Bienal de Artes de São Paulo, 2018. Foto: Zedu Moreau

Emanoel Araújo, renomado artista e curador brasileiro, tem uma trajetória marcada por uma intensa investigação sobre a história e a cultura afro-brasileira. Sua obra aborda temas como racismo, ancestralidade e memória, trazendo à tona questões urgentes sobre a representatividade negra na sociedade.

Vista do ateliê de Emanoel Araujo. Cortesia de Simões de Assis

A figura de Gloria Anzaldúa, escritora e teórica chicana, é lembrada na 35ª Bienal de São Paulo através de sua obra e de seu legado. Seus escritos e reflexões sobre identidade, fronteiras e hibridismo cultural têm influenciado gerações de artistas e intelectuais, deixando marcas profundas no pensamento contemporâneo.

Gloria Anzaldúa. Imagem: Resenha Crítica

Rosana Paulino, artista brasileira conhecida por uma produção visual engajada e crítica, explora em suas obras questões relacionadas a gênero, raça e poder. Seu trabalho aborda temas como a violência contra a mulher, a representação da mulher negra na sociedade e a memória coletiva, trazendo à tona reflexões necessárias e provocativas.

Rosana Paulino, Mangue, 2022, aquarela, grafite sobre tela, 160 x 150 cm. Cortesia da artista e Mendes Wood DM. Foto: Isabella Matheus

Rubem Valentim, artista brasileiro que deixou uma marca significativa na arte contemporânea do país, é homenageado na 35ª Bienal de São Paulo. Sua obra, marcada por elementos da cultura afro-brasileira e da espiritualidade, traz uma abordagem única sobre a relação entre arte, religiosidade e identidade.

Rubem Valentim, O templo de Oxalá (detalhe), 1977. Escultura em madeira com pintura acrílica (278 x 78 x 78 cm). Coleção: Museu de Arte Moderna da Bahia

Sonia Gomes, artista plástica brasileira reconhecida internacionalmente, tem presença confirmada na Bienal. Sua obra, caracterizada pelo uso de materiais orgânicos e pelo diálogo com a tradição artesanal afro-brasileira, traz uma sensibilidade poética e uma reflexão profunda sobre memória, afetividade e ancestralidade.

Obra de Sonia Gomes. Imagem: Fundação Bienal.

Wifredo Lam, pintor cubano de renome, também estará presente na mostra. Sua obra, que incorpora influências do surrealismo e da cultura afro-cubana, representa um importante diálogo entre as tradições artísticas ocidentais e as expressões culturais africanas.

Wifredo Lam diante de La Jungla (1943) e La Mañana verde (1943) em seu estúdio em Havana. La Silla (1943) está sobre o piso, 1943 © Wifredo Lam Archives, Paris

Esses são apenas alguns dos destaques da lista completa de participantes da 35ª Bienal de São Paulo – Coreografias do Impossível. Com uma seleção diversificada e inovadora, a mostra promete ser um reflexo das múltiplas vozes e expressões artísticas que desafiam o impossível em nosso tempo.

Projeto arquitetônico e expográfico

Um dos aspectos marcantes da 35ª Bienal de São Paulo é o projeto arquitetônico e expográfico desenvolvido pelo escritório Vão. Conhecido por uma abordagem inovadora, os arquitetos Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero foram responsáveis por repensar o espaço expositivo do Pavilhão Ciccillo Matarazzo.

O desafio enfrentado pelo Vão foi explorar a relação entre o espaço e a experiência do visitante, criando um fluxo de movimento inovador entre obras de arte e público. O projeto propõe uma nova visão do icônico Pavilhão, rompendo com as convenções conceituais e estruturais modernistas do prédio. Pela primeira vez na história, o vão central do Pavilhão da Bienal será inteiramente fechado, convidando os visitantes a explorar o espaço sob uma nova perspectiva.

“Ao repensar o espaço expositivo do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, buscamos criar uma experiência única para os visitantes da 35ª Bienal de São Paulo”, afirmam os arquitetos do Vão. “Nossa proposta vai além de uma simples renovação. Buscamos criar um fluxo de movimento que dialogue com as obras de arte e estimule a interação e a reflexão dos visitantes. O fechamento do vão central do Pavilhão representa uma ruptura com as convenções estabelecidas, convidando todos a explorar o espaço em uma nova perspectiva”, afirmam.

Com a combinação entre o projeto curatorial e o projeto arquitetônico, a 35ª Bienal de São Paulo – Coreografias do Impossível promete ser uma experiência transformadora, em que as obras de arte e o espaço expositivo se entrelaçam para desafiar o impossível.

Lista completa de artistas

  • Ahlam Shibli
  • Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami
  • Aline Motta
  • Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.
  • Amos Gitaï
  • Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê
  • Anna Boghiguian
  • Anne-Marie Schneider
  • Archivo de la Memoria Trans (AMT)
  • Arthur Bispo do Rosário
  • Aurora Cursino dos Santos
  • Ayrson Heráclito e Tiganá Santana
  • Benvenuto Chavajay
  • Bouchra Ouizguen
  • Cabello/Carceller
  • Carlos Bunga
  • Carmézia Emiliano
  • Castiel Vitorino Brasileiro
  • Ceija Stojka
  • Charles White
  • Citra Sasmita
  • Colectivo Ayllu
  • Cozinha Ocupação 9 de Julho
  • Daniel Lie
  • Daniel Lind-Ramos
  • Davi Pontes e Wallace Ferreira
  • Dayanita Singh
  • Deborah Anzinger
  • Denilson Baniwa
  • Denise Ferreira da Silva
  • Diego Araúja e Laís Machado
  • Duane Linklater
  • Edgar Calel
  • Elda Cerrato
  • Elena Asins
  • Elizabeth Catlett
  • Ellen Gallagher e Edgar Cleijne
  • Emanoel Araújo
  • Eustáquio Neves
  • flo6x8
  • Francisco Toledo
  • Frente 3 de Fevereiro
  • Gabriel Gentil Tukano
  • George Herriman
  • Geraldine Javier
  • Grupo de Investigación en Arte y Política (GIAP)
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  • M’barek Bouhchichi
  • Melchor María Mercado
  • Morzaniel Ɨramari
  • Mounira Al-Solh
  • Nadal Walcot
  • Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed
  • Nikau Hindin
  • Niño de Elche
  • Nontsikelelo Mutiti
  • Patricia Gómez e María Jesús González
  • Pauline Boudry e Renate Lorenz
  • Philip Rizk
  • Quilombo Cafundó
  • Raquel Lima
  • Ricardo Aleixo
  • Rolando Castellón
  • Rommulo Vieira Conceição
  • Rosa Gauditano
  • Rosana Paulino
  • Rubem Valentim
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  • Sammy Baloji
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  • Taller NN
  • Tejal Shah
  • The Living and the Dead Ensemble
  • Torkwase Dyson
  • Trinh T. Minh-Ha
  • Ubirajara Ferreira Braga
  • Ventura Profana
  • Wifredo Lam
  • Will Rawls
  • Xica Manicongo
  • Yto Barrada
  • Zumví Arquivo Afro Fotográfico

Veja o currículo de cada artista no site da Bienal de São Paulo.

 

Giovanna Gregório é formada em Arte: História, Crítica e Curadoria pela PUC-SP. Pesquisadora e crítica independente.

 

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