A arte latino-americana se prepara para mais uma edição da Bienal do Mercosul, o último anúncio foi o nome do curador-chefe da 14ª edição trouxe grande expectativa para o evento, que acontecerá em setembro de 2024 em Porto Alegre.
Raphael Fonseca, com apenas 34 anos, já é ator consagrado no circuito de arte. Curador de arte moderna e contemporânea latino-americana do Denver Art Museum, foi escolhido para liderar a curadoria da mostra. Ao lado dele, atuando como curadores adjuntos, estão Tiago Sant’Ana, da Bahia, e Yina Jiménez Suriel, da República Dominicana. A equipe promete trazer uma abordagem dinâmica e inovadora para a Bienal, com ênfase em criar conexões com o público e aprofundar os laços com a América Latina.
Há mais de duas décadas, a Bienal do Mercosul tem sido um dos eventos artísticos mais importantes da América Latina, especialmente nos países do sul, estabelecendo-se como um marco cultural em Porto Alegre. Ao longo de sua história, a Bienal tem impulsionado a cena artística da região, conectando artistas, pensadores e amantes da arte de diferentes partes do globo. Agora, sob a liderança de Raphael Fonseca, a Bienal se prepara para sua próxima edição, com a expectativa de reforçar sua relevância cultural e seu impacto social.
Uma das principais inovações desta edição é a criação de um circuito de exposições em diversos espaços institucionais em Porto Alegre e seus arredores. Esse circuito proporcionará ao público a oportunidade de apreciar obras de arte em contextos culturais distintos, ao mesmo tempo em que convida os visitantes a entender a rica dinâmica da cidade. A proposta é levar a arte ao coração da comunidade, estabelecendo um diálogo mais próximo e aberto entre artistas, o público e a cidade.
A equipe de curadoria desta 14ª edição é a mais jovem da história da Bienal do Mercosul, e seus membros são especialistas no campo do contemporâneo, utilizando-o como base de pesquisa para buscar relações e intercâmbios entre artistas de diferentes gerações e geografias do Sul Global. Essa abordagem anuncia uma perspectiva fresca e atualizada para a Bienal, refletindo as diversas vozes e expressões da arte contemporânea latino-americana.
Além disso, a Bienal do Mercosul contará com a curadoria de Programas Públicos, a cargo das experientes curadoras Anna Mattos e Marina Feldens. Essa iniciativa visa criar projetos que se conectem profundamente com a comunidade local de Porto Alegre, expandindo a compreensão e a participação dos visitantes nas manifestações artísticas. A inclusão do setor educativo, liderado pela artista carioca Andrea Hygino e pela gaúcha Michele Ziegt, é outra demonstração do compromisso da bienal em promover a arte como uma ferramenta de educação e transformação social.
Cabe ressaltar que, apesar do conceito ainda não ter sido apresentado, a juventude e a expertise da equipe curatorial trazem a promessa de uma Bienal do Mercosul atualizada e em sintonia com as expressões contemporâneas da arte latino-americana, consolidando a Bienal do Mercosul como um dos eventos artísticos mais importantes da região.
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