Blog que conecta você ao mundo da arte contemporânea.
  • OBRAS DE ARTE
    • Obras
    • Artistas
    • Seleções temáticas
  • PEÇAS DE DESIGN
    • Peças
    • Designers
    • Seleções temáticas
  • REVISTA
  • AGENDA

Bienal das Amazônias 2023 apresenta uma celebração artística e cultural da região amazônica

Publicado por Victoria Louise em 20/07/2023
Categorias
  • Arte no mundo
Tags
  • arte
  • arte contemporânea
  • arte moderna
  • bienal
  • bienal das amazonias
  • bienal de artes
  • história da arte
  • obra de arte
5/5 - (1 vote)

Com uma curadoria de mulheres, a Bienal das Amazônias promete ser uma experiência única e enriquecedora, oferecendo ao público uma visão diversificada e fascinante das riquezas artísticas e culturais da região amazônica. A exposição será um espaço de diálogo e reflexão sobre questões fundamentais que permeiam esse território tão singular e diverso. A expectativa é que a Bienal deixe um impacto duradouro na valorização e preservação da identidade cultural da Amazônia, conectando-a com outras regiões do mundo e impulsionando o desenvolvimento artístico e simbólico da área a longo prazo.

Este projeto foi meticulosamente desenvolvido ao longo de quase uma década, e finalmente se materializa em sua primeira edição entre os dias 3 de agosto e 5 de novembro. Belém, capital do Pará, e outras cidades da Amazônia brasileira se tornarão o epicentro dessa mostra que tem à frente a produtora cultural paraense, Lívia Condurú, cujo desejo de concretizar a Bienal foi compartilhado com a curadora Yasmina Reggad, conhecida por seu trabalho no Pavilhão da França na 59ª Bienal de Veneza. 

Da esquerda para a direita, Sandra Benites, Keyna Eleison, Livia Conduru e Vânia Leal, equipe à frente da concepção da primeira Bienal das Amazônias. Foto: Fabricio Sousa

Diferente de muitas bienais que se restringem a espaços institucionais, a Bienal das Amazônias rompe com esse padrão, buscando estender-se para as ruas e espaços urbanos, onde a arte dialogará com a cidade e sua população. A escolha de um antigo espaço de loja de departamentos como sede da Bienal, em vez de um museu ou centro cultural estabelecido, reflete o desejo de ampliar o alcance da arte e aproximá-la do cotidiano das pessoas. A exposição também apresentará 20 obras públicas em diversos endereços pela capital paraense.

“Uma das propostas fundamentais era de que os próprios amazônidas assumissem as narrativas acerca de sua produção simbólica e artística, reivindicando a riqueza cultural que muitas vezes fica obscurecida por estereótipos de artesanato.“

Com a premissa de ultrapassar os limites da Amazônia Legal, irá abranger não apenas os nove estados brasileiros, mas também os oito países e a Guiana Francesa que compõem essa vasta região. Uma das propostas fundamentais era de que os próprios amazônidas assumissem as narrativas acerca de sua produção simbólica e artística, reivindicando a riqueza cultural que muitas vezes fica obscurecida por estereótipos de artesanato.

A curadoria, liderada pelo coletivo Sapukai, é composta pela educadora Sandra Benites, a artista e pesquisadora Flavya Mutran, a escritora Keyna Eleison e pela historiadora da arte Vânia Leal. O termo Sapukai deriva da língua tupi e transmite a ideia de canto, clamor e grito. A curadoria está empenhada em abordar questões como prazer, alegria, desejo, cobiça, violência e invisibilidade histórica nas obras selecionadas. A temática da primeira edição da Bienal das Amazônias gira em torno da palavra bubuia, também de origem tupi, que simboliza a flutuação e a movimentação nas águas. 

Nesta semana, a organização da Bienal das Amazônias anunciou os mais de 120 artistas que comporão a primeira edição do evento. Entre os nomes selecionados, destacam-se artistas renomados como Adriana Varejão, cuja obra é marcada por uma abordagem ousada sobre questões culturais e históricas, especialmente a colonização. Além dela, Gê Viana, que traz à tona em suas criações a riqueza das paisagens amazônicas e sua conexão com a ancestralidade.

Outros nomes que merecem destaque são Glicéria Tupinambá, artista indígena que utiliza sua arte para resgatar e preservar a cultura de seu povo, e Gustavo Caboco, cujas obras expressam uma visão única sobre a natureza e o meio ambiente da Amazônia.

A diversidade artística é amplamente representada com a inclusão de Iwiri-ki, cujas criações são uma reflexão sobre a identidade e a relação entre homem e natureza, e Liça Pataxóop, que traz em suas obras a visão de mundo de seu povo indígena e suas lutas pela preservação de suas terras.

Anna Bella Geiger, artista consagrada no circuito, também é parte do corpo de artistas da Bienal das Amazônias, abordando temas como identidade, pertencimento e história, enquanto Aycoobo nos envolve com suas obras que transitam entre a arte e a etnografia, revelando riqueza cultural das comunidades amazônicas.

A fotografia de Claudia Andujar, reconhecida internacionalmente por seu trabalho de documentação das comunidades indígenas, contribuindo para a preservação de suas culturas e tradições, também marca presença. Já Denilson Baniwa traz sua arte como uma plataforma para discutir a resistência dos povos indígenas e suas vozes na construção de um mundo mais justo e igualitário.

“Consciente da diversidade cultural que permeia a região, a Bienal das Amazônias reconhece que a Amazônia é muito mais do que apenas um bioma“

As obras desses artistas e de tantos outros selecionados poderão ser apreciadas a partir do dia 4 de agosto, data da abertura da Bienal das Amazônias, até 5 de novembro. Cada obra é uma representação singular de histórias individuais e coletivas, refletindo a diversidade cultural e os percursos artísticos que compõem a rica tapeçaria da Amazônia. Consciente da diversidade cultural que permeia a região, a Bienal das Amazônias reconhece que a Amazônia é muito mais do que apenas um bioma. Ela é um emaranhado de identidades e culturas diversas, desafiando os estereótipos simplistas atribuídos à região. 

 

Giovanna Gregório é formada em Arte: História, Crítica e Curadoria pela PUC-SP. Pesquisadora e crítica independente.

 

Gostou desta matéria? Leia também:

Inteligência Artificial mostra como seria a casa da Barbie projetada por arquitetos brasileiros

Compartilhar

Artigos Relacionados

15/05/2025

O mercado de arte em transição: o que dizem os números mais recentes


Leia mais
30/04/2025

Para inspirar: o que aprender com os destaques do Salone del Mobile 2025


Leia mais

36 x 36 in. (91.4 x 91.4 cm.)

23/04/2025

Brasil recebe a maior retrospectiva de Andy Warhol já realizada fora dos Estados Unidos


Leia mais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

  • Arte no mundo
  • Artistas
  • Design
  • Dicas
  • Entrevista
  • Exclusivo
  • Exposições
  • Galerias adentro
  • Geral
  • Livros
  • Mercado de Arte
  • Notícias
  • Perfil Artsoul

Inscreva-se na Newsletter

Preencha o formulário abaixo para se inscrever em nossa Newsletter e receber as últimas atualizações.
Ao se cadastrar você aceita nossos Termos de Uso e Politica de Privacidade.

Blog dedicado à publicação de notícias sobre arte contemporânea, assim como informações sobre o mercado, artistas e movimentos artísticos no geral.

CATEGORIAS

  • Arte no mundo
  • Artistas
  • Design
  • Dicas
  • Entrevista
  • Exclusivo
  • Exposições
  • Galerias adentro
  • Livros
  • Mercado de Arte
  • Notícias
  • Perfil Artsoul
  • Geral

ENTRE EM CONTATO

Horário de atendimento:
De Segunda a Sexta, das 10h às 17h

(11) 9 7283-9009

contato@artsoul.com.br

Artsoul 2023 © Todos os direitor Reservados
  • Desenvolvido por: Flaubert Dev