Arte e internet: A Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba propõe, este ano, a visitação à um Pavilhão Digital, que expande algumas das discussões em torno do conceito de fronteira, presentes em sua 14ª edição. Com curadoria de Vivian Villanova, a exposição online, realiza o convite à uma deriva no cyberespaço, dando visibilidade à produção de uma geração de artistas intimamente ligados à internet. Reflete, deste modo, a presença das redes no cotidiano, bem como seu impacto em novas sensibilidades, modos de vida e na própria democratização do acesso à informação. Tal como esclarece Vivi Villanova, os “artistas participantes foram convocados em uma chamada aberta a partir de plataformas sociais e o pensamento contido em seus trabalhos pode ser acessado por qualquer pessoa conectada à rede, sem fronteiras de tempo e espaço”.
A curadora mantém há quatro anos o projeto VIVIEUVI, que disponibiliza gratuitamente conteúdos voltados à arte e cultura, em plataformas como o Youtube e o Facebook. Para o Pavilhão Digital da Bienal de Curitiba, selecionou dez artistas cujas produções, e propostas de experimentação, fazem da internet suporte e meio de atuação privilegiado: Angelo Utrabo, Ariana Assumpção, Flávia Vazzoler, Igreja Universsauria, Isabê, Marlan Cotrim, Pedro Martins, Rosa Luz, Verena Smit e Wisrah Villefort.
Segundo Vivi Villanova, o Pavilhão Digital, “substitui as paredes brancas por códigos binários a fim de evocar as derivas digitais e celebrar o espírito democrático da arte produzida na internet”. A exposição propõe a ativação artística do espaço virtual, apresentando trípticos – um conjunto de três imagens, proposto por cada um dos artistas participantes – e vídeos. Estes conteúdos serão exibidos na página @vivieuvi, no Instagram, e poderão ser acessados pelos visitantes da Bienal de Curitiba, através de um QR Code, que conduz à galeria de imagens.
Ao longo da exposição online, que tem início em 21 de Setembro e perdura até o encerramento da Bienal de Curitiba, a página do Pavilhão Digital @vivieuvi, será ativada com stories e lives. Contará também com atividades que criam uma interface entre exposição online e offline. É o caso da performance a ser apresentada pela artista Rosa Luz na Bienal de Curitiba, que estabelece um diálogo com suas propostas selecionadas para o Pavilhão Digital.
Anna Luísa Veliago Costa é Mestre pelo Programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo, é graduada em História pela mesma universidade, com intercâmbio acadêmico na Universidade Sorbonne-Paris IV.
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